Embora seja a última etapa da obra, é importante planejá-la nos mínimos detalhes para que valorize ainda mais seu projeto
Além de embelezar, as tintas imobiliárias protegem as superfícies, conservando-as por mais tempo. Mas não é só. Nos últimos 20 anos, a evolução desses produtos fez com que eles assumissem cada vez mais funções. A pintura também está mais durável. Todo esse potencial requer base seca e firme, sem rachaduras nem infiltrações. ?Além de uma limpeza para remover poeira, sabão e gordura?, orienta Antonio Carlos de Oliveira, presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati). A escolha do material certo também deve obedecer a alguns critérios. ?As formulações convencionais, produzidas pelas grandes marcas, são mais acessíveis e há grande oferta de mão de obra para aplicá-las. Já as opções especiais, como as de base mineral, livres de metais pesados, são poucas, custam mais e exigem profissionais especializados?, pondera a especialista Fernanda Moceri, do Ateliê Vermelho, que presta consultoria cromática.
Com que tinta eu vou?
Divididas em três tipos ? econômico, standard e premium ?, as opções de látex (também chamadas de PVA ou acrílico) são as mais usadas na pintura imobiliária. A classificação depende do tipo e da quantidade de resina, que influem nos resultados alcançados, estabelecidos na norma técnica NBR 15079.
Econômico
É indicado apenas para ambientes internos ? as fachadas, sujeitas a intempéries, pedem tintas mais resistentes. Oferece acabamento com brilho ou semibrilho e cobre ao menos 4 m² por litro. O preço é vantajoso.
Standard
Vai além do interior, colorindo o lado externo. É produzida também na versão acetinada. Rende ao menos 5 m² por litro.
Premium
Com formulação enriquecida, apresenta rendimento superior, de no mínimo 6 m² por litro, poder de cobertura e durabilidade maiores
Muitas em uma
Foi-se o tempo em que as tintas comuns apenas protegiam e embelezavam as paredes. Multifuncionais, os produtos mais recentes prometem colaborar com a economia de energia e com o conforto térmico dos ambientes ao refletir mais luz. Há outros com propriedades bactericidas, fragrâncias e muito mais. A performance deles também melhorou. ?Basta lembrar dos que têm secagem rápida e apresentam baixo odor?, aponta Antonio Carlos Oliveira, da Abrafati.
Sujou, limpou
A rotina de limpeza ganhou aliadas com as chamadas tintas superlaváveis. Hidrorrepelentes, elas garantem resistência à faxina e facilitam a remoção de manchas. Boa nova para eliminar a gordura que fica na parede da cozinha, onde os azulejos já não reinam absolutos, e afastar a umidade das paredes do banheiro, evitando bolhas na pintura.
De bem com a natureza
Segundo a Abrafati, hoje quase 90% das tintas imobiliárias produzidas são dissolvidas em água, medida que reduziu significativamente a presença de solventes nos produtos. Ao evaporarem, tais substâncias químicas, também chamadas de compostos orgânicos voláteis (COV), agridem a camada de ozônio e podem provocar mal-estar devido ao cheiro forte. ?Os solventes continuam presentes em esmaltes sintéticos, usados na pintura de metais e madeiras, e nos vernizes. E, mesmo assim, já existem versões desses acabamentos à base de água?, completa Antonio Carlos.
Faça a sua parte
Uma pintura perfeita inclui calcular a quantidade de tinta necessária ? os sites dos principais fornecedores dispõem de ferramentas virtuais que ajudam nessa tarefa. Comprar apenas o suficiente é o primeiro passo para evitar o excesso de material e também de gastos. Ao fim do serviço, você pode misturar os resíduos de tintas, desde que elas sejam do mesmo tipo, para fazer uma cor cinza a ser utilizada em outro local. Ou ainda doar as sobras para quem precisa.